Fé em Jesus Cristo: um resumo para você nunca mais se esquecer

Não é difícil entender que a fé em Jesus Cristo é um elemento central na vida cristã. O escritor de Hebreus classifica a fé como um dos princípios que devem ser compreendidos por quem vive o evangelho. Mesmo assim, muitos parecem não compreender o significado desta prática cristã.

Se você quer se aprofundar ainda mais no entendimento da fé cristã, sugiro que leia este artigo até o final. Venha comigo!

Sobre a fé em Jesus Cristo e sua centralidade na vida do cristão

Pense comigo: Jesus mesmo sendo Deus, abriu mão de sua glória e viveu entre nós. Mas todos nós sabemos que ele morreu, ressuscitou e voltou para sua glória. Ou seja, ele habita em nós por meio do Espírito Santo. Não o vemos, não temos sua presença física. Ou seja, nosso relacionamento com Jesus é completamente por meio da fé. 

É exatamente por este motivo que a Bíblia enfatiza que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11: 6). O Quarto Evangelho foi chamado de “o evangelho da fé” por causa de sua grande ênfase na fé. Os estudiosos apontam que a expressão fé foi citada quase 100x no evangelho de João. 

Em outras palavras, a fé em JesusCristo é essencial antes de alguém ter o direito de se tornar um filho de Deus (João 1:12). É uma condição para a esperança da vida eterna (João 3: 15-16), e aqueles que se recusam e não têm fé em Cristo estão claramente em estado de condenação (João 3:18; 8:24).

Sem dúvida, fé em Jesus Cristo é um conceito teológico central no Novo Testamento. Ou seja, a fé estabelece “o relacionamento correto com Deus e, em última análise, a própria essência da religião cristã”.

O resumo da Fé Cristã: ou em que os cristãos acreditam?

No geral, os cristãos creem que a vida de Cristo é a intervenção de Deus na história, quando ele veio e viveu entre nós por meio de Jesus. Dessa forma, o Filho de Deus viveu uma vida plenamente humana, mesmo sendo Deus. Essa é a base da nossa fé cristã.

Vemos isso em Hebreus 2:14, que diz: “Visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo”. Desta forma, cremos que a vida Jesus nesta Terra é uma demonstração de uma vida abundante, que ilustra a ‘vida vivida em plenitude’ que é oferecida em Cristo. 

É nisto que se baseia a fé cristã: que Jesus é o único caminho de acesso à Deus (João 14) Foi o próprio Cristo que nos mostrou a natureza do amor de Deus enquanto conversava com os pecadores, curava os enfermos, aliviava a fome e restaurava a vida. 

Ele mostrou respeito por todos que encontrava – tanto mendigos quanto ricos; mulheres, bem como homens; aqueles considerados “impuros”, bem como “pessoas religiosas”. Em outras palavras, a fé cristã tem como pressuposto que Jesus deu sua vida pelo mundo (João 3:16) e ressuscitou da morte para a vida (Rm 10:9). Os cristãos acreditam que a cruz e a ressurreição são os meios de reconciliação e cura entre Deus e toda sua criação.

Desta forma, a obra de Jesus não foi finalizada quando foi morto ou quando ele voltou para a Glória dos céus. O ministério de Jesus prossegue pela manifestação contínua do Espírito Santo. Ou seja, o mesmo Espírito que foi derramado ainda opera na igreja de nossos tempos, iluminando e fortalecendo os cristãos.  Nossa missão consiste em viver de maneira que corresponda ao amor de Deus em nós, praticando de todo coração as palavras que Jesus deixou para nós outros.

Ou seja, a fé cristã é viva. Ela não é apenas uma prática religiosa, mas antes de tudo, é um relacionamento com Deus por meio de Jesus Cristo.

Na verdade, a vivência do evangelho nos impulsiona a viver em comunidade. A fé em Jesus Cristo, portanto, não é apenas uma crença individual. Somos convocados a vivermos em comunhão uns com os outros, à medida que temos uma missão comum: proclamar ao mundo a mensagem de Jesus Cristo.

Agora que entendi sobre a fé em Jesus Cristo, como aumentar a minha fé?

Foram os próprios discípulos de Jesus que pediram a ele: “Aumenta a nossa fé! Lucas 17: 5″. E a resposta de Jesus foi surpreendente. Ele lhes disse: “Se vocês tivessem fé como um grão de mostarda, poderiam dizer a esta amoreira: ‘Seja arrancada e plantada no mar’, e ela obedeceria a vocês”. 

Talvez a resposta de Jesus não era o que eles esperavam! Os discípulos olhavam os grandes feitos de Cristo e comparavam sua pequena fé ao tamanho do seu Mestre. Jesus respondeu que não era o tamanho de sua fé que mais importava, mas sim o poder de Deus.

Mesmo que você tenha uma fé muito minúscula, pense que uma pequena fé em um grande Deus é suficiente. Porém, isso não significa que não precisamos desenvolver nossa fé em Deus ou que não devemos pedir para que ele aumente nossa fé. Pelo contrário, quanto mais reconhecemos que devemos ter fé, mais nos fortalecemos em confiança em Jesus.

A Palavra afirma que ‘A fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus’ (Romanos 10:17).  

Ou seja, para desenvolvermos nossa espiritualidade, antes, temos que aumentar nossa exposição à Bíblia.

Ela é o único guia para o desenvolvimento da nossa fé. Por meio da leitura da Palavra, nosso conhecimento de Deus aumenta e o Espírito Santo nos leva para mais perto do Senhor.

Desta forma, o contato com as Escrituras eleva nossa confiança em Deus. Ao receber a mensagem do Senhor e meditar nela, nos preparamos para as adversidades e conseguimos colocar em prática a nossa fé.

A fé envolve crer no que foi revelado por meio das Escrituras. Ou seja, a fé não é simplesmente uma aceitação racional dos fatos, mas devemos acreditar no que Deus nos revelou em Sua Palavra, a fim de colocar nossa confiança nele.

Por isso,  devemos confiar na verdade bíblica. Você consegue perceber a diferença entre acreditar no que está na Bíblia e confiar nela? Muitos acreditam, mas na sua vida cotidiana não demonstram qualquer confiança em Deus.

A questão principal não é apenas a afirmação de que a Bíblia é a Palavra de Deus, mas que confiamos que essa mensagem é suficiente em nossa vida e, por isso, confiamos nela.

A fé em Jesus Cristo e a confiança em Deus

Somos chamados a confiar em Deus em nossa vida diária, e não apenas acreditar nele. Confiar envolve segurança ainda que as situações estejam ruins, ou seja, significa uma total entrega à Deus. Esse é um dos maiores problemas que enfrentamos: quando somos provados, nossa fé se sucumbe ao sofrimento e às dificuldades.

Os discípulos de Jesus tinham total confiança de que ele era Filho de Deus, o Messias prometido. Mesmo estando ao seu lado, sua confiança era estremecida diante das adversidades.

O exemplo disso é quando Jesus acalma a tempestade. Enquanto o Senhor dormia tranquilo, os discípulos se apavoravam com a força do vento. Eles confiavam que Cristo era capaz de acalmar a tempestade, tanto é que eles o chamaram pra isso!

Mas não tinha qualquer confiança que Deus poderia fazer o mesmo por meio deles. Ou seja, confiavam em Jesus, mas pela “metade”. Contudo, não somos melhores que os discípulos. Na nossa luta diária, fazemos o mesmo. 

Como permanecer firme na fé?

Permanecer firme na fé é uma resposta à salvação. O processo lento e constante de busca por Deus precisa ser mais almejado do que grandes feitos. No dicionário a palavra “Perseverança” significa “Constância, persistência, aquele que insiste”. O contrário é desistência.” 

“Perseverai no conhecimento de Deus e na boa palavra aos que precisam, correndo com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, sem desanimar (Hb 12: 1 – 3”). 

Insistir na fé. Insistir no que cremos. E mais do que só insistir: “Aproveitai as oportunidades desses tempos, pedindo a Deus que vos abra a porta para falar palavras de sabedoria, palavras temperadas com sal, agradáveis. (Colossenses 4: 2 – 6)” 

Permanecer fiéis diante dos outros, aproveitando as oportunidades de proferir sábias palavras, palavras temperadas. Ou seja, o contrário de palavras vazias, chocas, sem sabor, opacas. Mas palavras vivas, fervorosas, com sentido, com significado. Palavra que provenha de Deus. 

“Perseverai em oração, velando nela com ação de graças; Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; Para que o manifeste, como me convém falar. Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.” (Colossenses 4:2-6)

Como naquele contexto em que Pedro andou com Jesus sobre as águas, o mar estava revolto, o vento estava forte, o medo bateu à porta (Mateus 24). Porém, te convido a fixar o olhar no nosso Salvador e não na força do vento. 

Pedro viu o vento, ele sentiu com o seu corpo, todos os seus sentidos o alertaram para aquele perigo, mesmo com o Salvador à sua frente. 

Mesmo diante de situações adversas, que olhemos mais para Jesus do que para as circunstâncias! 

É assim que conseguiremos permanecer firmes na fé.

Não digo isso para vivermos negligentes, como anestesiados, sem ter compaixão dos que padecem, completamente alienados desse tempo. Não é isso. É um exercício de equilíbrio da visão. É compreender a profundidade do significado da fé.

Pedro por alguns minutos acredita estar só diante do vento forte, e começa a naufragar na fé, por acreditar na força do seu próprio braço. Jesus, em contrapartida, “estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: ‘Homem de pouca fé, por que duvidaste?’ E, quando subiram para o barco, acalmou o vento. (Mateus 14: 31, 32).

A recomendação da Palavra é “Vigie para que quando Jesus voltar, você esteja de pé” (Lucas 21: 34 – 36), sem naufragar na fé. E assim, lutar o bom combate “mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram naufragar na fé.” (1 Timóteo 1:19) 

No fim das contas, o Senhor Jesus está sempre perto, Ele não foge de nós, por isso, vigiemos para que não naufraguemos na fé, para sermos encontrados de pé, firmes, constantes. Pedro teve medo, mas viu Jesus ao seu lado!

Que Deus nos encha de esperança e de perseverança mesmo em meio à adversidade, para que permaneçamos vigilantes com gratidão no coração; aproveitando as oportunidades de dar uma boa palavra (sábia, viva) aos que precisam. E que a fé em Jesus Cristo permaneça sempre viva em nosso coração!