A Graça de Deus: entenda mais sobre o favor de Deus por nós
|Muito me intriga a separação entre espiritual e secular que muitos cristãos acreditam. Parece que Cristo é apenas Senhor da nossa espiritualidade, não das nossas atividades, sentimentos e relacionamentos. Quando pensamos assim enganamos a nós mesmos. A Graça de Deus é muito maior que isso!
Ou Cristo está presente em nossa vida como um todo, ou está ausente.
Não existe uma presença parcial ou incompleta. Aliás, na carta de S. Paulo aos Efésios 1:10, mostra que através do sacrifício de Cristo na Cruz, ele fez congregar Nele, “todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra”.
Isso significa que todas as coisas apontam para Cristo por meio da redenção.
Ora, por que insistimos em separar nossa vida no que é ou não espiritual, sendo que em Cristo está todo o domínio?
Portanto, espiritualidade resultado da graça de Deus que abrange toda nossa vida. É compreender que, “quer comamos, quer bebamos, quer façamos qualquer outra coisa, fazemos para glória de Deus” – como disse o apóstolo Paulo.
A Graça de Deus está além do espiritual
Ora, glorificar a Deus não se restringe às nossas atividades religiosas. Pelo contrário, a graça de Deus está no cotidiano, reconhecendo Cristo como Senhor, adorando-o com a nossa vida.
Isso significa que somos livres para o mal? Certamente que não. Dizer que todas as coisas convergem para Cristo não é afirmar que o pecado faz parte “deste pacote”.
Somos pecadores e todas as nossas obras, sejam elas boas ou não, estão manchadas e distorcidas pelo pecado. Porém, é aí que entra a Graça de Deus. Somos completamente pecadores, mas plenamente redimidos.
Portanto, o “não espiritual” em nossa vida não é o secular, mas aquilo que de alguma forma não revela nosso caráter cristão.
Em outras palavras, o que nega e diverge com nossa redenção, é pecado. Ou seja, pecado não tudo que é secular, porém, tudo que nos impede de viver a Graça de Deus. O que nos resta é conhecer os princípios bíblicos para que possamos refletir sobre o que fazemos ou pensamos.
Lembremos, como disse C. S. Lewis no livro Cristianismo Puro e Simples: o cristianismo não é a religião da abstêmia, mas da moderação e do “tudo é lícito, mas nem tudo convém”.
Precisamos de sabedoria para não rejeitar as coisas boas da vida em nome de Cristo, pois muitas destas práticas são saudáveis para nós. Precisamos de, acima de tudo, viver nossa vida cristã de forma íntegra, sem separar aquilo que é espiritual e carnal.
O que nos “edifica” não é apenas o que é falado na igreja, mas aquilo que nos completa, tanto em nosso caminhar diário com Deus, quanto no nosso crescimento como seres humanos. “Porque dele e por Ele, e para ele são todas as coisas”.
Como viver a Graça de Deus na sua plenitude?
Começamos neste texto a abordar sobre a Graça de Deus. Agora, precisamos mencionar sobre a ideia do que significa viver a graça de Deus. E para este tema de viver na graça, quero chamar a sua atenção para Romanos 5:1-2:
“Portanto, desde que fomos justificados pela fé, temos paz com Deus através do nosso Senhor Jesus Cristo”. Por meio dele também obtivemos acesso pela fé a esta graça em que estamos, e regozijamo-nos na esperança da glória de Deus”. Romanos 5:1-2
Também, não é segredo para nós que fomos salvos pela graça de Deus. Como se diz em Efésios 2:8-9:
“Porque pela graça [que] fostes salvos pela fé. E isto [não é] obra vossa; é dom de Deus, não resultado de obras, para que ninguém se glorie”. Efésios 2:8-9
A compreensão de que somos salvos é o ponto de partida da nossa vida cristã. No entanto, para muitos cristãos, a ideia de salvação pela graça é praticamente onde a graça termina.
Muitos cristãos agem como se o favor de Deus por nós se resumisse à salvação. Não parecem compreender que somos salvos não só pela graça, mas de acordo com o que Romanos 5:1-2 nos diz, estamos em graça.
E este tema é persistente ao longo das Escrituras. Deixem-me mostrar aqui algumas outras passagens. Atos 13:43 fala da obra de Paulo e Barnabé, onde diz:
“E depois da reunião da sinagoga ter terminado, muitos judeus e devotos convertidos ao judaísmo seguiram Paulo e Barnabé, que, ao falarem com eles, os exortaram a continuar na graça de Deus“. (Atos 13:43)
Bem, a ideia é que a graça é algo de que devemos continuar em toda a nossa vida cristã, e de que nunca nos devemos afastar. E então Pedro escreveu em 1 Pedro 5:12, diz ele:
“Por Silvanus, um irmão fiel como eu o considero, escrevi-vos brevemente, exortando e declarando que esta é a verdadeira graça de Deus. Permanecei firmes nela”. 1 Pedro 5:12.
Só temos que vivê-la!
Em outras palavras, Deus deu-nos a sua graça. Agora, devemos permanecer nela. Por isso, a graça deve ser a posição constante de um discípulo de Jesus.
Viver a plenitude da graça tem um significado forte em nossa vida cristã. Quando assumimos que Deus nos salvou e, que de forma imerecida, ele nos escolheu, temos que devolver a Ele tamanha generosidade.
Desta forma, viver a graça de Deus nos dá a responsabilidade de adorar ao Senhor por “tão grande salvação”.
Isso não afeta apenas nossa religiosidade, pelo contrário, toda nossa vida, em sua plenitude, precisa estar firmada na graça de Deus.
Você entende o que é viver a graça de Deus? Como podemos nos aperfeiçoar e permanecer na graça! Escreva seu comentário!
Se você gostou deste texto, assine nossa Newsletter aqui abaixo. Desta forma, todo texto novo que for publicado, você será avisado por e-mail. Vamos?