Culto Evangelístico: como organizar e alcançar vidas para Jesus? [Atualizado]

O culto evangelístico é um serviço cristão dedicado à evangelização, ou seja, à proclamação da verdade do evangelho àqueles que não conhecem a Deus. Por meio do culto, Deus é adorado e reconhecido como Senhor acima de tudo e todos. Em paralelo, todos os convidados são chamados a se renderem ao Senhor diante sua grandeza e bondade. Veremos aqui que o culto evangelístico não começa na igreja, mas no meio do povo.

Não faz sentido um culto evangelístico para cristãos. O maior objetivo do culto de evangelização é convidar o máximo de pessoas que não fazem parte da igreja para participarem do culto. Por isso, o ideal é a mobilização dos irmãos para convidarem amigos, vizinhos e pessoas que vivem no entorno do local do culto.

É desejável a apresentação de um evento antes do culto, seja por meio de música ou teatro para atrair a curiosidade das pessoas em relação ao evento evangelístico. Caso não seja feito um evento dessa magnitude, não há problemas, desde que haja interesse em convidar o máximo de pessoas para o culto.

Sobre o culto em si, o ideal é que ele seja dinâmico e alegre. A mensagem do evangelho é esperança para aquele que crê. Por isso, o convite de Jesus é maravilhoso, sendo uma convocação de pecadores ao arrependimento.

Que pessoas me ouvirão, qual será meu público? Isso dá um direcionamento. Você vai falar para um público de 1000 pessoas em uma empresa? É um culto de inauguração de uma obra em uma cidade? É um evento em uma universidade? É uma escola? O culto será ao ar livre?

Qual conhecimento de Deus esse público possui? Não falo de um conhecimento vago de Deus, mas o conhecimento revelado nas Escrituras. Quantas oportunidades teremos com essas pessoas? Terá um evento após o culto ou será apenas esse? Estamos falando de uma viagem missionária ou você terá contato com aquele público em outras oportunidades?

Essas questões precisam ser respondidas antes mesmo da organização do culto. Se você terá várias oportunidades com aquele público, o culto evangelístico pode ser apenas um primeiro contato para ter novos encontros, mostrando a respeito da vida de Jesus.

Para começar, o pastor ou outro responsável pelo culto deve fazer uma saudação aos convidados, deixando o público bastante à vontade em estar naquela celebração.

Desta forma, o dirigente pode fazer uma oração inicial, clamando a direção de Deus para este trabalho evangelístico.

Depois de falar sobre o problema do pecado e expor a respeito da iniciativa de Deus em salvar a humanidade caída, é importante ilustrar isso de forma criativa.

A utilização de teatro ou alguma música especial pode ser um recurso importante para deixar o público ainda mais interessado na mensagem pregada. Principalmente se o culto em questão é focado no público jovem, que está mais habituado às manifestações artísticas que pessoas de faixa etária mais elevada.

Caso sua igreja não tenha um grupo de teatro, o louvor também é uma ferramenta possível para ilustrar a questão do pecado e da necessidade de redenção.

Em um culto evangelístico, o período de louvor é diferente. Sua ênfase é menos congregacional, dando maior foco na mensagem do evangelho. Por isso, é importante evitar músicas de adoração para envolver uma mensagem mais direcionada à salvação de pecadores.

Ou seja, o período de louvor torna-se uma oportunidade de “cantar a mensagem da redenção”, mostrando aos participantes do culto que o evangelho é a esperança para aquele que crê.

Algumas músicas são oportunas para este momento, tais como:

Um bom tema pata pregar em um culto evangelístico é trabalhar o tema Revelação Geral e revelação especial.

Para ajudar o pregador a escolher um tema para a mensagem do culto evangelístico, uma dica é fazer uma exposição sobre a revelação geral, que é o sensus divinitatis, o sentido da divindade que cada pessoa traz consigo. É preciso explorar isso no culto.

Se o público não conhece a Bíblia, é interessante começar explorando pela graça geral. Paulo fazia isso ao pregar o evangelho. Ele levantava questões corriqueiras e mostrava que Deus estava envolvido no cotidiano.

A partir disso, o pregador precisa chegar na revelação especial, fazendo uma transposição da mensagem geral para a revelação especial.

Pela revelação geral, a pessoa pode chega noção de que existe um Deus e esse Senhor é plenamente justo. Logo, a pessoa precisa concluir que o padrão de vida exigido por Deus é impossível de ser alcançado. Mas pela revelação geral ela não consegue entender mais que isso.

É a revelação especial que vai mostrar como alcançar aquilo que Deus busca em relação às pessoas. Daí a gente entra numa tríade de assuntos, referente a criação, queda e redenção. Se for um encontro só, isso precisa ser resumido.

Por isso é preciso mostrar sobre a criação de Deus, sobre a queda do homem, mostrando assim a necessidade do redentor. Sem pecado não existe necessidade do salvador. E apresentando Jesus a gente mostra que nEle existe salvação.

Daí a gente prossegue falando sobre eternidade, que é a plenitude da redenção. Aqui neste mundo o homem pecador pode ser perdoado e alcançado por Deus, mas é na eternidade que ele viverá plenamente com aquele que o chamou.

Essa explicação da revelação geral ou especial pode ser apenas o pano de fundo da mensagem. O pregador pode escolher outro texto -de preferência do evangelho – é falar diretamente sobre Jesus. Porém, o mais interessante é mostrar que Ele é o salvador e a única resposta para o problema do pecado.

Depois da pregação, é interessante que o pregador faça um desafio aos ouvintes, chamado-os ao convite de Jesus, que chama pecadores ao arrependimento.

Em muitas igrejas, o apelo é um momento emocional, em que as pessoas são convocadas a levantarem suas mãos ou irem até à frente, caso de fato “aceitem” a Jesus.

Por isso, formato do apelo não é o mais importante. Na verdade, o que interessa mesmo é o que fazer depois que pessoas declaram publicamente que recebem a mensagem do evangelho e querem servir a Deus.

A igreja precisa estar preparada para acolher essas pessoas. De quase nada adianta um culto evangelístico sem o discipulado, que envolve a caminhada cristã com aqueles que são novos na fé.

Portanto, o apelo precisa ser acompanhado de uma atitude da comunidade em continuar o trabalho do culto, ajudando aqueles que receberam o evangelho a prosseguir no Caminho.

O culto evangelístico termina com festa, principalmente quando há arrependimento de pecados e uma decisão honesta de seguir a Deus. Para finalizar o culto, a comunidade é convidada ao louvar a Deus pela benção da salvação.

Por fim, o dirigente pode fazer uma última oração, agradecendo a Deus pela graça da salvação.

E aí, achou que este texto sobre culto evangelístico te ajudou a organizar um culto para evangelização? Comente aqui embaixo!