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Por que Deus permite o sofrimento do justo?

Por que Deus permite o sofrimento do justo? Antes de tudo, precisamos entender que o sofrimento é decorrente da queda do homem. Independente se somos justos ou ímpios, o sofrimento é um dos resultados do pecado na vida humana. Precisamos estar conscientes dessa realidade ao nos depararmos com a dor.  

Mesmo assim, é natural que muitos cristãos fiquem pensativos e questionem porque determinados problemas ocorrem com os filhos de Deus. Para entender isso de maneira profunda, o livro de Jó traz uma explicação importante sobre o sofrimento de um servo do Senhor, que passou por dores, lutas, perdas e muita tristeza.

Venha comigo que vou te mostrar tudo sobre este tema!

Você já pensou sobre a origem do seu sofrimento?

O teólogo R. C. Sproul nos mostra que no centro da mensagem do Livro de Jó encontramos a resposta por que Deus permite o sofrimento do justo. Muitos questionam além: se Deus é bom, por que temos que lidar com a dor, o sofrimento e a maldade?

 Não podemos ser hipócritas. Mesmo nós que conhecemos a Palavra de Deus já nos pegamos com esse tipo de pensamento. Nosso senso de justiça é assim: o sofrimento deveria ser próprio para aqueles que não conhecem o Senhor. Nós, que somos “justos”, deveríamos ter maior sorte em nossa vida. Porém, o livro de Jó é uma prova definitiva que esse pensamento é bastante limitado. 

Neste aspecto, como citamos, o sofrimento faz parte da nossa natureza pecaminosa. O mundo que vivemos é rodeado de dores e, de certa forma, não estamos imunes a isso. Se Deus abençoa justos e ímpios, igualmente, ambos sofrem diariamente, cada um na intensidade que lhes cabe.

Mas, diante do sofrimento, nós que conhecemos a Deus temos nEle o auxílio e a esperança. Veja o que Gabriel Filgueiras nos mostra sobre porque Deus permite o sofrimento.

A mensagem do livro de Jó

 Sproul nos mostra que o livro de Jó descreve o personagem principal como um homem justo, alguém que além disso era próspero. O próprio diabo, reconheceu que Jó de fato era um homem íntegro em suas obras. Porém, Satanás provocou Deus dizendo que a justiça de Jó era consequência da benção de Deus. Como Deus havia agraciado seu servo, a justiça própria de Jó era apenas resultado da generosidade do Senhor para com ele.

Diante disso, o diabo propõe a Deus retirar sua benção sobre a vida de Jó. O argumento de satanás era simples: sem a proteção de Deus, Jó seria como qualquer outro, e sua justiça viraria pó! 

Eu imagino que você saiba o que aconteceu com Jó depois desse fato: ele perdeu sua família, seus bens e viu sua saúde de mal a pior. Seu sofrimento era tanto que ele se vê assentado em cinzas, amaldiçoando o dia de seu nascimento e clamando com dores incessantes. 

Sproul nos lembra que o sofrimento de Jó é tão profundo que até mesmo sua esposa o aconselha a amaldiçoar a Deus para que ele possa morrer e se livrar de seus tormentos. Mas não é só isso. À medida que Jó refletia sua condição, seus amigos – Eliphas, Bildade e Zohar – tentavam explicar a origem de tamanho sofrimento. A resposta deles era justamente que a provação de Jó era consequência da sua falta de justiça própria.

A questão “por que Deus permite o sofrimento do justo” é, em tese, um grande engano. Quando perguntamos assim, encaramos a dor como uma relação de causa e efeito. O próprio Jó no auge de sua dor queria saber, afinal, o que ele tinha feito para estar naquela situação. Quando estudamos na Bíblia sobre o sofrimento de Jó, logo entendemos que, nem sempre, o sofrimento é resultado de algo que fizemos.  

Diante da dor, os amigos de Jó aconselharam-no a abandonar seus pecados e se voltar a Deus, pois a grandeza daquele sofrimento deveria ser proporcional à multidão de seus pecados. Mas não era este o ponto. Infelizmente, nós cristãos insistimos na lógica do “aqui se faz, aqui se paga”.

O sofrimento não é uma relação de causa e efeito

Também, os discípulos de Jesus questionaram o Mestre sobre um homem cego que eles encontraram: Seus discípulos lhe perguntaram: “Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego? ” (João 9:2). Ora, a dúvida dos discípulos era se a cegueira resultava diretamente de algum pecado. Então Jesus logo descartou essa possibilidade. 

No fundo, não sabemos completamente a causa individual de cada sofrimento. De forma geral, nós sofremos porque somos humanos e pecadores. Ninguém, por mais justo que seja, está imune de passar por provações. Pelo contrário, o sofrimento e a dor em muitas situações são instrumentos de Deus para provar nossa fé. Foi justamente no ápice da dor que Jó encontrou-se com Deus e viu sua glória.  

A sabedoria revelada no livro de Jó, na verdade, não vem de Jó e nem dos seus próprios amigos, mas do próprio Deus, disse R. C. Sproul. Por que Deus permite o sofrimento do justo? O Senhor se dirige à Jó em resposta aos seus questionamentos, afirmando: “Quem é esse que obscurece o meu conselho com palavras sem conhecimento? Prepare-se como simples homem; vou fazer-lhe perguntas, e você me responderá (Jo 38:2-3). Veja o que Sproul afirma sobre a resposta de Deus ao sofrimento de Jó:

 “O que resulta desta repreensão é o mais vigoroso questionamento já feito pelo Criador a um ser humano. A princípio, pode parecer que Deus estava pressionando Jó, visto que Ele diz: “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?” (v. 4) Deus levanta uma pergunta após outra e, com suas perguntas, reitera a inferioridade e subordinação de Jó.

Deus continua a fazer perguntas a respeito da habilidade de Jó em fazer coisas que lhe eram impossíveis, mas que Ele podia fazer. Por último, Jó confessa que isso era maravilhoso demais. Ele disse: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42.5-6).

Por que Deus permite o sofrimento do justo ou por que Deus permite que eu sofra tanto?

Desta forma, é  importante observar que Deus não fala diretamente ao problema de Jó. Ele não diz: Jó, eu sei quais as razões do seu sofrimento. Pelo contrário,  no mistério deste sofrimento profundo, o Senhor responde a Jó seu caráter como Deus. 

Sproul afirma que esta é a sabedoria de Deus que responde a dúvida do sofrimento. A resposta não é porque tenho de sofrer deste modo particular ou nesta época e circunstância específica, e sim onde está a minha esperança em meio ao sofrimento. Ao pensarmos assim, deixamos de ser o foco do sofrimento para encontrar onde está nossa confiança diante da dor.  

Em outras palavras, não devo ficar procurando de forma objetiva quais as razões do meu sofrimento, ou por que Deus permite o sofrimento do justo. Nem querer investigar porque o cristão sofre e o descrente às vezes sofre menos. A resposta de Deus é mais profunda. 

O que aprendemos no livro de Jó é que o temor do Senhor, o respeito e a reverência diante de Deus, é o princípio maior da espiritualidade cristã. Ou seja, diante do sofrimento, entendemos que não precisamos das bênçãos de Deus para adorá-lo. Isso nos faz verdadeiramente livres.

Sproul afirma que quando estamos desnorteados e confusos por coisas que não entendemos neste mundo, não devemos buscar respostas específicas para questões específicas, e sim buscar conhecer a Deus em sua santidade, em sua justiça e em sua misericórdia. 

Como disse o pastor Ricardo Barbosa, “ao perceber-se incapaz de determinar os desígnios de Deus, o homem lança-se com fé confiante e amorosa nos braços do seu Criador”. Ou seja, não busque saber porque você está sofrendo. Mas busque em Deus a confiança para enfrentar qualquer problema, e Ele te abençoará!

Por que Deus permite o sofrimento do justo? A resposta é simples demais: porque ele é Deus soberano, de forma que sua bondade e graça é distribuída por meio da sua livre vontade. Para complementar este conteúdo, assista abaixo esse vídeo do Pastor Augusto Nicodemus sobre o sofrimento do cristão:

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